Alckmin afirma que inflação de alimentos está em 2% e critica alta da taxa de juros
Vice-presidente destaca que juros elevados prejudicam investimentos e famílias endividadas.

O vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, declarou que as condições atuais indicam que a taxa de juros no Brasil deveria ser reduzida. "Eu entendo que sim. Porque, na realidade, você tem inflação em queda. Estamos abaixo do teto da meta de inflação", afirmou a jornalistas durante o 8º Seminário Internacional de Líderes, em São Paulo.
Alckmin apontou dois fatores principais para a diminuição da inflação: a valorização do câmbio, com o dólar passando de R$ 6,30 para R$ 5,40, e a redução na inflação de alimentos, que atualmente está em 2%. "Não há justificativa para termos a segunda maior taxa de juros do mundo. Isso atrapalha o investimento, pois quem precisa de capital para investir hesita; afeta os consumidores, que enfrentam problemas de dívida; e impacta a dívida pública, já que cada 1% da taxa Selic custa R$ 52 bilhões por ano apenas para rolar a dívida", ressaltou.
Ele também reforçou que não faz sentido o Brasil manter a segunda maior taxa de juros global em um cenário de inflação em queda, especialmente quando as causas da inflação, que incluíam alimentos cotados em dólar, também estão diminuindo.