Alckmin aponta que França tenta adiar assinatura do acordo Mercosul-UE para janeiro
Vice-presidente destaca que Brasil espera assinatura do pacto em dezembro de 2025, caso não haja mudanças.

No dia 12 de outubro, o vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, revelou que a França busca postergar a assinatura do acordo entre Mercosul e União Europeia (UE) para janeiro. Entretanto, o governo brasileiro mantém a expectativa de que, se não houver alteração nos planos, o acordo será formalizado em 20 de dezembro de 2025, em Foz do Iguaçu.
"Se não houver mudança, assina depois de 25 anos de trabalho, no dia 20 de dezembro, em Foz do Iguaçu. O movimento da França é tentar empurrar para janeiro, mas se não assinar agora, assina logo em seguida. A proximidade é crucial para alcançarmos um desenvolvimento mais sustentável", afirmou Alckmin durante o 8º Seminário Internacional de Líderes, que debateu a relação comercial entre Brasil e Argentina.
Alckmin ainda mencionou que a Europa demonstra certa preocupação com a competitividade do agronegócio brasileiro, o que leva a França a ser cautelosa em suas negociações.
O vice-presidente destacou o interesse do Brasil em um desenvolvimento mais sustentável, especialmente em relação à importação de gás natural, considerado essencial para a integração energética do país. Ele também enfatizou a necessidade de reduzir as emissões de gases de efeito estufa, citando a troca do querosene de aviação pelo Sustainable Aviation Fuel (SAF).
Além disso, Alckmin anunciou que, a partir de 2027, com a reforma tributária, haverá desoneração de investimentos e exportação, um passo importante para o avanço econômico do Brasil.
As declarações foram feitas durante o encerramento do evento, realizado no hotel Pullmann Ibirapuera, em São Paulo.