segunda-feira, 22 de dezembro de 2025
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Celso Sabino é expulso do União Brasil após desobediência a ordem do partido

Ministro do Turismo desafiou decisão de saída do governo Lula e foi alvo de expulsão da sigla.

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Celso Sabino é expulso do União Brasil após desobediência a ordem do partido
Foto: Divulgação

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O ministro do Turismo, Celso Sabino, foi oficialmente expulso do União Brasil nesta segunda-feira (8) após desrespeitar a diretriz do partido que recomendava a saída de seus filiados do governo Lula (PT). A decisão de desocupar os cargos foi tomada em setembro e visava, principalmente, o ministro, enquanto preservou indicados sem mandato, como dirigentes de estatais.

A expulsão de Sabino se deu após uma série de ameaças de desfiliação, incluindo a entrega de uma carta de demissão ao presidente da República, que posteriormente foi revogada. No final de novembro, o Conselho de Ética do União Brasil recomendou sua expulsão e a dissolução do diretório do Pará, do qual ele era presidente, nomeando uma comissão provisória em seu lugar.

A tensão entre Sabino e o partido aumentou após a divulgação de uma reportagem do ICL (Instituto Conhecimento Liberta) e UOL, que apresentava acusações sobre o presidente do partido, Antonio Rueda, relacionadas a supostas ligações com o PCC (Primeiro Comando da Capital). Rueda negou as acusações, mas o episódio gerou desconfiança entre os membros do União Brasil, que suspeitaram de influência do Palácio do Planalto na publicação.

Embora o partido tenha solicitado que seus filiados deixassem os cargos no governo, Sabino buscou permanecer, especialmente devido à sua expectativa de participar da COP30 (Conferência Climática da ONU), que será realizada em seu estado natal, o Pará. No entanto, a cúpula do União Brasil reiterou que sua permanência no governo resultaria em expulsão.

As relações de Rueda com o governo federal estavam tensas antes mesmo da reportagem, uma vez que o dirigente já havia reclamado de não ter sido recebido por Lula. A primeira reunião entre eles ocorreu em julho e foi considerada insatisfatória por integrantes do União Brasil. Desde então, Rueda tem criticado publicamente o governo, o que gerou mais atritos.

Lula já havia expressado descontentamento com Rueda, cobrando fidelidade de seus ministros do centrão e mencionando nominalmente o presidente do União Brasil em suas críticas. A relação entre o partido e o governo se deteriorou ainda mais após a indicação de Jorge Messias ao STF, em vez de Rodrigo Pacheco, preferido de Rueda, levando a uma nova onda de críticas entre os poderes legislativo e executivo.