segunda-feira, 22 de dezembro de 2025
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Copom Eleva Taxa Selic para 15,00% ao Ano

A decisão visa garantir a convergência da inflação para a meta estabelecida.

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O cenário internacional continua desafiador e incerto, especialmente em relação à política econômica dos Estados Unidos, que afeta as condições financeiras globais. Esse contexto exige prudência dos países emergentes, diante do aumento das tensões geopolíticas.

No âmbito nacional, os indicadores econômicos e do mercado de trabalho mostram um certo dinamismo, embora o crescimento tenha apresentado sinais de moderação. Recentemente, a inflação geral e as medidas subjacentes se mantiveram acima da meta estabelecida.

As expectativas de inflação para 2025 e 2026, segundo a pesquisa Focus, permanecem acima do desejado, com projeções de 5,2% e 4,5%, respectivamente. O Copom estima uma inflação de 3,6% para 2026, no cenário de referência.

Os riscos inflacionários, tanto para cima quanto para baixo, são considerados elevados. Entre os riscos de alta, destacam-se a possibilidade de desancoragem das expectativas de inflação e uma resiliência da inflação de serviços maior do que o esperado. Por outro lado, os riscos de baixa incluem uma desaceleração mais acentuada da atividade econômica e uma queda nos preços das commodities que poderia ter um efeito desinflacionário.

O Comitê de Política Monetária (Copom) está atento ao impacto da política fiscal na monetária e nos ativos financeiros, e observa um cenário de altas expectativas inflacionárias e pressões no mercado de trabalho. Para alcançar a meta de inflação em um ambiente de expectativas desancoradas, é necessário um endurecimento significativo da política monetária a longo prazo.

Com isso, o Copom decidiu aumentar a taxa básica de juros em 0,25 ponto percentual, elevando-a para 15,00% ao ano. Essa medida é vista como uma estratégia para alinhar a inflação à meta ao longo do horizonte relevante. Além de seu objetivo principal de estabilizar os preços, a decisão também busca suavizar as flutuações da atividade econômica e promover o pleno emprego.

Se o cenário se confirmar, o Comitê prevê uma pausa no ciclo de alta de juros para avaliar os impactos acumulados do ajuste e verificar se a taxa atual é adequada para garantir a convergência da inflação. O Copom reafirma que estará vigilante e poderá ajustar a política monetária conforme necessário.

A decisão foi aprovada por: Gabriel Muricca Galípolo (presidente), Ailton de Aquino Santos, Diogo Abry Guillen, Gilneu Francisco Astolfi Vivan, Izabela Moreira Correa, Nilton José Schneider David, Paulo Picchetti, Renato Dias de Brito Gomes e Rodrigo Alves Teixeira.