segunda-feira, 22 de dezembro de 2025
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Copom se reúne hoje para decidir sobre a manutenção da Taxa Selic em 15% ao ano

Expectativa é que a taxa permaneça no maior patamar em quase duas décadas, apesar da desaceleração da inflação.

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Copom se reúne hoje para decidir sobre a manutenção da Taxa Selic em 15% ao ano
Foto: Divulgação

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O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central do Brasil realiza nesta quarta-feira (4) sua penúltima reunião do ano, em um contexto de inflação em desaceleração e pressão de preços em setores como o de energia. Os analistas do mercado financeiro projetam que a taxa Selic, atualmente fixada em 15% ao ano, deve ser mantida no nível mais alto desde julho de 2006.

A Selic, que foi elevada sete vezes consecutivas desde setembro do ano passado, não teve alterações nas reuniões de julho e setembro deste ano. O anúncio da decisão sobre a taxa será feito no início da noite.

Na ata da reunião anterior, o Copom indicou que a Selic permanecerá em 15% ao ano por um período prolongado. De acordo com a análise, a situação econômica dos Estados Unidos e as tarifas impostas pelo país têm influenciado mais os preços do que os desafios estruturais na formação de custos internos. Mesmo com a desaceleração econômica, alguns preços continuam a pressionar a inflação, especialmente os de energia.

O boletim Focus, uma pesquisa semanal com analistas de mercado, aponta que a Selic deverá se manter em 15% ao ano até o final de 2025 ou início de 2026. As incertezas giram em torno do momento em que os juros começarão a ser reduzidos.

A inflação, por sua vez, apresenta um comportamento incerto. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15) registrou uma prévia de apenas 0,18% em outubro, acumulando 4,94% nos últimos 12 meses. A queda nos preços dos alimentos se mantém, marcando o quinto mês consecutivo de recuo. O IPCA referente ao mês completo de outubro será divulgado no próximo dia 11.

O boletim Focus também revisou a projeção de inflação para 2025, que caiu para 4,55%, em comparação a 4,8% de quatro semanas atrás. Essa taxa está levemente acima do teto da meta contínua estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), que é de 3%, podendo alcançar 4,5% devido ao intervalo de tolerância.

A taxa básica de juros serve como referência para as demais taxas da economia e é o principal instrumento do Banco Central para controlar a inflação. O BC realiza operações de mercado aberto para manter os juros próximos ao valor definido nas reuniões do Copom. O aumento da Selic visa conter a demanda aquecida e, consequentemente, controlar a pressão inflacionária.

As reuniões do Copom ocorrem a cada 45 dias, com o primeiro dia reservado para apresentações técnicas sobre a economia brasileira e mundial. No segundo dia, os membros do comitê, que são diretores do BC, analisam as opções e definem a taxa Selic.

Desde janeiro, está em vigor um novo sistema de meta contínua, onde a meta de inflação é de 3%, com um intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Isso significa que o limite inferior é de 1,5% e o superior é de 4,5%. A avaliação ocorre mensalmente, levando em conta a inflação acumulada em 12 meses.

O último Relatório de Política Monetária divulgado pelo Banco Central, em setembro, manteve a previsão de