Crescimento do Aluguel de Curta Duração no Rio Gera Conflitos com Hotéis
Mercado de locação por temporada se expande, mas regulamentação é necessária para evitar disputas.

RIO DE JANEIRO, RJ - Desde 2013, Omar Farhat transformou sua ideia de aluguel de acomodações em um negócio próspero no Rio de Janeiro. Iniciando com um simples colchão, ele agora dirige a empresa 'Omar do Rio', que emprega 150 pessoas e administra cerca de 380 imóveis na região. A meta é alcançar 400 locações até o fim do ano.
A empresa atua na preparação dos imóveis e na gestão das reservas em plataformas como Airbnb e Booking, oferecendo suporte aos hóspedes durante a estadia. Omar destaca a importância de sua equipe na manutenção e limpeza dos imóveis, além de resolver eventuais problemas que possam surgir.
O mercado de aluguel de curta duração está em alta no Rio, com uma taxa de crescimento média de 20% ao ano, segundo o Secovi Rio. Em março de 2025, foram contabilizados 25 mil imóveis disponíveis para locação, um aumento de 18,1% em relação ao ano anterior.
No entanto, a crescente oferta de acomodações também levanta preocupações entre moradores e hotéis, que pedem uma regulamentação da atividade. O presidente do HotéisRIO, Alfredo Lopes, argumenta que a falta de regras pode gerar conflitos e que os hotéis enfrentam uma tributação desigual em comparação com as plataformas de aluguel.
Defensores do aluguel por temporada acreditam que essa modalidade é essencial para atender à demanda turística, especialmente durante grandes eventos na cidade. O Airbnb, em comunicado, ressaltou seu impacto positivo na economia local, gerando R$ 2,9 bilhões em renda adicional para negócios ao redor do Rio.
O debate sobre a regulamentação do aluguel de curta duração continua na Câmara Municipal, onde um projeto está em análise após audiência pública realizada em setembro.