São Paulo, SP – A fila de novos pedidos para aposentadoria, pensão e outros benefícios do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) tem registrado um crescimento de aproximadamente 10% ao mês desde maio, segundo informações do presidente da instituição, Gilberto Waller Júnior. O número de solicitações subiu de uma média de 1 milhão para 1,3 milhão, conforme os dados mais recentes.

Waller Júnior atribui esse aumento à necessidade de mais recursos, levando-o a solicitar verba adicional ao Ministério da Previdência Social, à Casa Civil e ao Ministério da Fazenda. Ele anunciou que já foram autorizados mais de R$ 287 milhões para a manutenção das agências, da Central 135 e para a concessão de bônus aos servidores.

A liberação de R$ 63 milhões foi publicada em uma edição extra do Diário Oficial na última sexta-feira (7) e será destinada ao pagamento de perícias judiciais, além de serviços de limpeza e segurança nas unidades do INSS.

Entretanto, esses recursos não garantem a retomada do PGB (Programa de Gerenciamento de Benefício), que oferece bônus aos colaboradores para acelerar a análise de processos e revisões. Atualmente, a fila de espera para benefícios do INSS ultrapassa 2,6 milhões de segurados.

“Na verdade, o INSS enfrenta uma demanda muito alta”, explicou Waller Júnior, que destacou que as tarefas extras no PGB aumentaram de 14 mil para 24 mil nos últimos meses.

O presidente também informou que, em 2026, devem ser liberados mais R$ 100 milhões para o PGB, o que permitirá a retomada do programa. Ele havia solicitado R$ 89 bilhões adicionais para o pagamento de servidores, mas como esses valores não foram liberados, o PGB foi suspenso no dia 15 de outubro, gerando questionamentos da Previdência sobre os gastos.

Quanto ao aumento na fila de novos pedidos, Waller Júnior observou que, historicamente, as solicitações se mantinham em cerca de 1 milhão por mês, mas desde maio esse número vem subindo em média 10%, alcançando 1,3 milhão de pedidos. Esse crescimento é atribuído ao afrouxamento das regras para a concessão do salário-maternidade às seguradas autônomas, que agora podem solicitar o benefício com apenas um pagamento ao INSS.

“O salário-maternidade impactou significativamente, resultando em muitas demandas acumuladas”, afirmou, referindo-se às seguradas que não solicitaram o benefício anteriormente devido às regras restritivas, mas que agora têm a possibilidade de fazê-lo.

Apesar desse aumento na demanda, Waller Júnior destacou que o tempo médio de espera para a concessão do benefício caiu para 42 dias, o menor registrado até agora, uma vez que a lei estabelece um prazo de 45 dias para a concessão, após o qual o INSS deve pagar juros e correção monetária.

Ele também mencionou que o órgão tem utilizado tecnologia, como Inteligência Artificial e automação, para acelerar a concessão de aposentadorias e pensões, permitindo que, em casos com toda a documentação em ordem, a análise e concessão seja feita em até 48 horas.

A restrição orçamentária do INSS foi destacada no dia 15 de outubro, quando Waller Júnior enviou um ofício à Previdência informando sobre