segunda-feira, 22 de dezembro de 2025
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Datafolha: 54% dos brasileiros acreditam que Bolsonaro quis fugir

Pesquisa revela que 33% aceitam versão de surto, enquanto 13% não opinaram

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Datafolha: 54% dos brasileiros acreditam que Bolsonaro quis fugir
Foto: Divulgação

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(FOLHAPRESS) - Uma pesquisa realizada pelo Datafolha entre os dias 2 e 4 de novembro indica que 54% da população brasileira acredita que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) danificou sua tornozeleira eletrônica com a intenção de fugir, em contraste com 33% que aceitam sua justificativa de um surto paranoico. Outros 13% dos entrevistados não souberam ou não quiseram opinar sobre o assunto.

A pesquisa, que ouviu 2.002 eleitores em 113 municípios, apresenta resultados que variam entre diferentes grupos sociais, mas que permanecem dentro da margem de erro de dois pontos percentuais. Entre os jovens de 16 a 24 anos, a crença na tentativa de fuga é mais forte, alcançando 60%. Já entre os mais ricos, 40% acreditam na versão do surto.

A aceitação da versão do surto é mais comum entre aqueles que se identificam com o bolsonarismo, com 40% dos moradores das regiões Sul e Norte/Centro-Oeste e 46% dos evangélicos apoiando essa ideia. Em contraste, a teoria da fuga é mais prevalente entre os nordestinos (61%) e entre os eleitores de Lula (66%).

A situação se desenrolou em meio a um contexto nebuloso, onde Bolsonaro, preso em casa desde 4 de agosto, viu um alerta de violação em sua tornozeleira soar na madrugada de 22 de novembro. Ao serem informados, agentes verificaram a situação e encontraram o ex-presidente com a tornozeleira danificada, que ele alegou ter atingido acidentalmente. Contudo, o ministro Alexandre de Moraes expressou preocupações sobre uma possível fuga, especialmente após o filho de Bolsonaro convocar uma vigília em frente à residência do pai.

Desde então, Bolsonaro permanece detido na superintendência da PF em Brasília, onde já recebeu visitas de familiares, incluindo sua esposa, Michelle, e seus filhos. O ministro Moraes negou pedidos de prisão domiciliar após o término do processo judicial.