segunda-feira, 22 de dezembro de 2025
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Defesa de Filipe Martins responsabiliza Cid e contesta acusações no julgamento do golpe

Advogado nega influência de ex-chefe da PRF e destaca falhas nas evidências apresentadas

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Defesa de Filipe Martins responsabiliza Cid e contesta acusações no julgamento do golpe
Foto: Divulgação

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BRASÍLIA, DF - As defesas dos réus envolvidos na tentativa de golpe de Estado, que inclui figuras ligadas ao ex-presidente Jair Bolsonaro, se manifestaram nesta terça-feira (9) perante a Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF). Os advogados negaram qualquer irregularidade durante o segundo turno das eleições de 2022 e após a derrota para Lula.

Entre os principais acusados estão o ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal, Silvinei Vasques, o general Mário Fernandes e o ex-assessor internacional da Presidência, Filipe Martins, que compareceu à sessão de julgamento. Durante sua defesa, o advogado de Martins, Jeffrey Chiquini, atribuiu a culpa pela tentativa de golpe ao tenente-coronel Mauro Cid, afirmando que ele teria controlado a narrativa das acusações.

Chiquini argumentou que Martins foi injustamente preso e denunciado por documentos e reuniões dos quais não participou, todas relacionadas a Cid. Ele destacou que a defesa de Martins se baseia na falta de credibilidade das declarações de Cid, que fez uma delação premiada colaborando com as investigações.

O procurador-geral da República, Paulo Gonet, reiterou a solicitação de condenação dos réus, afirmando que Martins teve um papel ativo na elaboração do decreto que visava romper com as estruturas democráticas do país, conhecido como a 'minuta do golpe'.

Além disso, a defesa de Fernando de Sousa Oliveira, ex-integrante do Ministério da Justiça, também negou as acusações, afirmando que ele não tinha poder para interferir nas ações da PRF durante o pleito.

O julgamento ainda envolve o general Mário Fernandes, que enfrenta graves acusações, incluindo o planejamento de assassinatos. Fernandes confirmou a existência de documentos comprometedores, mas alegou que se tratavam apenas de reflexões pessoais.

O procurador Gonet ressaltou a responsabilidade dos réus na gestão das ações da organização criminosa, considerando que suas posições estratégicas contribuíram para os crimes denunciados.