segunda-feira, 22 de dezembro de 2025
Ao vivo
Economia

Dólar cai para menos de R$ 5,30, e Bolsa sobe com avanço para encerrar shutdown nos EUA

A expectativa de normalização econômica nos Estados Unidos impulsiona o apetite por investimentos.

Economia3 min de leitura
Dólar cai para menos de R$ 5,30, e Bolsa sobe com avanço para encerrar shutdown nos EUA
Foto: Divulgação

Publicidade

Anuncie aqui

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O dólar apresentou queda nesta terça-feira (11), influenciado pela aprovação de um projeto que pode pôr fim à paralisação do governo dos Estados Unidos, o que movimentou positivamente o mercado.

A perspectiva de encerramento do maior shutdown da história americana gerou um aumento no apetite por risco entre investidores, resultando em uma desvalorização da moeda americana em relação à maioria das divisas globais.

No Brasil, às 15h21, o dólar estava cotado a R$ 5,271, uma queda de 0,65% e abaixo da marca de R$ 5,30 pela primeira vez desde setembro. Durante o dia, a moeda chegou a ser negociada a R$ 5,263.

Paralelamente, a Bolsa de Valores brasileira registrou uma alta expressiva de 1,51%, alcançando 157.616 pontos, se aproximando de novos recordes históricos, atingindo até 158.467 pontos em seu pico.

Esse é um marco, pois é a primeira vez que o Ibovespa ultrapassa não apenas 156 mil pontos, mas também os 157 e 158 mil. Além da situação nos EUA, o otimismo dos investidores em relação à taxa Selic também impulsiona o índice, com a divulgação da ata da última reunião do Copom (Comitê de Política Monetária) e dados sobre a inflação do IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) em destaque.

Na segunda-feira, o Senado americano aprovou um projeto de lei que restabelece o financiamento para agências federais após a expiração do orçamento em 1º de outubro. O texto obteve 60 votos a favor e 40 contra, com apoio de quase todos os republicanos e de oito democratas. Agora, a proposta segue para a Câmara dos Representantes, onde o presidente Mike Johnson pretende aprová-la até quarta-feira (12) e enviá-la ao presidente Donald Trump para sanção.

O projeto prorroga o financiamento federal até 30 de janeiro, evitando demissões de servidores até essa data e projetando um aumento significativo na dívida pública.

Para os mercados, a potencial normalização após o shutdown traz boas perspectivas, já que a paralisação afetou a divulgação de dados econômicos cruciais, como inflação e desemprego, complicando as decisões do Federal Reserve (Fed) sobre política monetária.

Leonel Mattos, analista da StoneX, destaca que o otimismo no mercado se deve à expectativa de que a interrupção dos efeitos negativos do shutdown melhore a coleta de estatísticas econômicas nos EUA.

No cenário interno, o otimismo em relação à Selic também contribui para a valorização do real. A ata do Copom sugere que a taxa básica de juros deve permanecer em 15% por um período prolongado para controlar a inflação. Apesar de alguns avanços, as expectativas ainda estão acima da meta estabelecida pelo Banco Central.

André Valério, economista do Inter, acredita que uma redução na taxa de juros pode começar em janeiro, dependendo das condições econômicas e da inflação.

Além disso, a inflação medida pelo IPCA subiu apenas 0,09% em outubro, abaixo do previsto, o que reforça um cenário favorável para a política monetária.

No setor corporativo