segunda-feira, 22 de dezembro de 2025
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Expectativas de corte na Selic em março de 2026 aumentam após comunicado do Copom

Banco Central mantém taxa em 15% ao ano e sinaliza necessidade de política monetária contracionista

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Expectativas de corte na Selic em março de 2026 aumentam após comunicado do Copom
Foto: Divulgação

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Os juros futuros ajustaram-se nesta quinta-feira, refletindo o tom conservador do comunicado do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, que tende a elevar as taxas mais curtas e desinclinar a curva. A Selic foi mantida em 15% ao ano pela terceira vez consecutiva, em decisão unânime, e o comunicado reiterou que a taxa será mantida nesse patamar por um 'período bastante prolongado'.

A queda dos rendimentos dos Treasuries pode proporcionar alívio na ponta longa da curva. O dia ainda conta com leilões do Tesouro de LTN e NTN-F programados para as 11h, além da divulgação dos dados da balança comercial de outubro às 15h.

Esse cenário deve eliminar qualquer expectativa de corte da Selic em dezembro, reduzir as apostas para janeiro e direcionar o foco do mercado para a reunião de março. O comunicado destaca que a situação atual é marcada por expectativas desancoradas, inflação elevada, resiliência econômica e pressões no mercado de trabalho, o que exige uma política monetária significativamente contracionista por um período prolongado.

O Rabobank mantém sua previsão de que o ciclo de cortes da Selic começará apenas no segundo trimestre de 2026. O Citi, por sua vez, considera que o comunicado reflete um Banco Central 'ainda mais comprometido' com a meta de inflação de 3%, mas também prevê o início do ciclo de cortes em janeiro de 2026.

O Daycoval acredita que as chances de um corte de juros em janeiro se tornaram pequenas, enquanto o Barclays observa que o Copom não parece mais ter dúvidas sobre a eficácia da manutenção da taxa atual para a convergência da inflação à meta. A B.Side Investimentos avaliou que o comunicado decepcionou aqueles que esperavam uma maior flexibilidade. A XP reconheceu a melhora no cenário inflacionário, mas com cautela.

Além disso, os aluguéis residenciais registraram alta de 0,57% em outubro, após um aumento de 0,30% em setembro, conforme o Índice de Variação de Aluguéis Residenciais (IVAR) da FGV, acumulando uma alta de 5,58% nos últimos 12 meses.

Por fim, Argentina e Estados Unidos devem ausentar-se da Cúpula dos Líderes que antecede a COP30 em Belém, refletindo o distanciamento das políticas ambientais de seus líderes atuais, apesar das expectativas de que a Argentina ainda possa ser representada no evento.