Ao divulgar o Boletim Macrofiscal nesta quinta-feira (13) em Brasília, o Ministério da Fazenda anunciou a redução da projeção de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 2,3% para 2,2% para o ano de 2025. A medida é uma resposta à desaceleração da economia brasileira, influenciada por taxas de juros elevadas e o desempenho abaixo do esperado no terceiro trimestre.

Além disso, a expectativa de inflação oficial (IPCA) para 2025 caiu de 4,8% para 4,6%, embora ainda permaneça acima do teto da meta estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (4,5%). Para 2026, a projeção de crescimento do PIB foi mantida em 2,4%.

O boletim destaca que a agropecuária se sobressai com uma previsão de crescimento ajustada de 8,3% para 9,5%. Em contrapartida, a indústria teve sua projeção reduzida de 1,4% para 1,3%, e o setor de serviços passou de 2,1% para 1,9%.

O documento também aponta que a economia brasileira enfrenta uma trajetória de desaceleração, refletindo o impacto dos juros altos e da redução no crédito. Apesar do desemprego estar em níveis historicamente baixos, a população ocupada apresentou queda e os rendimentos cresceram a um ritmo mais lento no terceiro trimestre.

No cenário internacional, o boletim ressalta a resiliência da atividade global, mas alerta para incertezas comerciais e geopolíticas, além do efeito negativo das tarifas dos EUA sobre as exportações brasileiras, que caíram em US$ 2,5 bilhões entre agosto e outubro de 2025.

O Ministério da Fazenda está buscando diversificar mercados e implementar políticas de apoio ao setor exportador, e o diálogo entre as lideranças do Brasil e dos Estados Unidos pode ser uma oportunidade para mitigar esses impactos.