segunda-feira, 22 de dezembro de 2025
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Filhos de Bolsonaro reagem a nova dissidência no bolsonarismo

A disputa interna pela liderança da direita se intensifica a menos de um ano das eleições de 2026.

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Filhos de Bolsonaro reagem a nova dissidência no bolsonarismo
Foto: Divulgação

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A menos de 11 meses das eleições de 2026, o bolsonarismo enfrenta uma nova tentativa de sucessão, com diferentes grupos disputando o protagonismo na direita. Enquanto alguns membros tentam herdar o espaço político deixado por Jair Bolsonaro, outros permanecem leais ao ex-presidente, que está preso e inelegível, em busca de manter o apoio dos eleitores.

Após a experiência de dissidentes como Joice Hasselmann e Janaína Paschoal, que viram suas carreiras desmoronarem após se confrontarem com Bolsonaro, o atual movimento procura evitar conflitos diretos, mantendo uma imagem de reverência ao ex-presidente enquanto se apresenta com uma postura mais moderada.

A articulação do centrão, que inclui Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP) e outros governadores de direita, reflete essa nova estratégia. Ao contrário da primeira geração de dissidentes, que se opôs diretamente a Bolsonaro, os novos atores têm a seu favor a situação atual do ex-presidente, que enfrenta problemas legais.

As eleições para a Prefeitura de São Paulo em 2024 mostraram que a dissidência pode não resultar em morte política, com Pablo Marçal quase superando o candidato oficial do bolsonarismo, Ricardo Nunes (MDB). Nesse cenário, os filhos de Bolsonaro, Flávio, Eduardo e Carlos, buscam manter o controle da direita, insistindo na ideia de que o bolsonarismo tem uma hierarquia e não está aberto à sucessão.

Flávio Bolsonaro está se preparando para uma possível candidatura à Presidência, o que representa um desafio para o centrão e seu plano de unificar a direita em torno de Tarcísio. Em recente entrevista, Eduardo Bolsonaro expressou sua preocupação com figuras que tentam se passar por líderes da direita, ressaltando que, sem Bolsonaro, não há um novo líder capaz de unir o grupo.

As críticas se dirigem especialmente a Tarcísio e outros governadores, que foram acusados pelos filhos de Bolsonaro de agirem como "ratos" em busca do capital político do ex-presidente. A situação se complica ainda mais com a decisão de Carlos Bolsonaro de concorrer ao Senado em Santa Catarina, uma medida que provocou divisões no bolsonarismo local.

Enquanto isso, figuras como o deputado Nikolas Ferreira, que possui grande influência nas redes sociais, são vistas por alguns como dissidentes que não estão defendendo o ex-presidente adequadamente. Eduardo Bolsonaro destacou em suas redes sociais que há um movimento entre políticos mais jovens para se distanciar de Bolsonaro, mas ainda desejam o apoio de seus eleitores.

A pressão sobre Tarcísio e outros membros do centrão aumenta, com a expectativa de que a disputa pela liderança da direita se intensifique conforme as eleições se aproximam.