Guia Prático sobre Previdência Privada em 11 Pontos Essenciais
Descubra como a previdência privada pode ser uma alternativa eficaz para complementar sua aposentadoria.

A previdência privada tem se mostrado uma opção atrativa para aqueles que desejam incrementar a renda na aposentadoria ou garantir recursos para a educação dos filhos. Além disso, muitos a utilizam como um meio de planejamento sucessório, permitindo a transmissão de bens a herdeiros sem a necessidade de inventário.
Especialistas destacam que essa forma de investimento é vantajosa devido aos benefícios fiscais que oferece. A escolha de uma instituição financeira confiável e um plano que se adeque ao perfil do investidor são pontos fundamentais a serem considerados.
Com a previdência privada, é possível reduzir a carga do Imposto de Renda para aqueles que utilizam a declaração no modelo completo, especialmente com planos do tipo PGBL (Plano Gerador de Benefício Livre). Para quem busca planejamento sucessório, os fundos de previdência, como o VGBL (Vida Gerador de Benefício Livre), não estão sujeitos ao ITCMD (Imposto de Transmissão Causa Mortis e Doação), conforme decisão do STF.
A portabilidade é outro benefício da previdência privada, permitindo que o investidor transfira seu plano entre diferentes instituições financeiras sem a necessidade de resgatar e pagar impostos. As previdências fechadas, voltadas a funcionários de empresas específicas e servidores públicos, somam R$ 1,4 trilhão em reservas previdenciárias, segundo a Previc.
Os planos de previdência aberta, disponíveis para qualquer pessoa, incluem opções como Brasilprev e Bradesco Vida e Previdência. É importante que o investidor escolha entre PGBL e VGBL, sendo o primeiro mais indicado para quem deseja deduzir até 12% da renda tributável na declaração do Imposto de Renda, enquanto o VGBL não permite essa dedução.
Recentemente, uma lei alterou as regras de tributação, permitindo que o investidor escolha a tabela mais vantajosa no momento do resgate. A tabela progressiva retém 15% do IR na fonte, enquanto a regressiva começa em 35% para aplicações de até dois anos e pode cair para 10% após dez anos.
Na fase de acumulação, o investidor faz aportes que podem ser esporádicos ou regulares, sem frequência mínima. Ao optar por usufruir do valor acumulado, existem várias opções de recebimento, incluindo resgates esporádicos ou a conversão do saldo em renda vitalícia.
É essencial comparar as taxas de administração dos planos, evitando aquelas superiores a 2% para produtos de renda fixa, que podem comprometer a rentabilidade. A previdência privada não é coberta pelo FGC (Fundo Garantidor de Créditos), portanto, é crucial avaliar a solidez da seguradora antes de investir.
Embora a previdência privada seja uma alternativa interessante, especialistas recomendam que ela não seja vista como a única solução para a aposentadoria, uma vez que os valores recebidos do INSS variam consideravelmente. A previdência privada também oferece agilidade na transferência de patrimônio, evitando o bloqueio de recursos durante o inventário.