segunda-feira, 22 de dezembro de 2025
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Home Office no Brasil: Tendência em Queda em 2024, Mas Ainda Acima dos Níveis Pré-Pandemia

Dados do IBGE mostram que 7,9% da população ocupada atualmente trabalha remotamente.

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Home Office no Brasil: Tendência em Queda em 2024, Mas Ainda Acima dos Níveis Pré-Pandemia
Foto: Divulgação

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Em 2024, 7,9% dos trabalhadores do setor privado no Brasil estão exercendo suas funções em home office, segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgados nesta quarta-feira (19). Embora tenha havido uma leve queda em relação a 2023, onde o percentual era de 8,2%, a taxa continua superior ao nível registrado antes da pandemia, que era de 5,8% em 2019.

Os resultados fazem parte da Pnad Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua) e não incluem trabalhadores do setor público ou domésticos. A pesquisa revela que, desde 2012, quando apenas 3,6% da população trabalhava em casa, houve um crescimento significativo na adoção desta modalidade.

Durante a pandemia, o home office se tornou uma necessidade em diversas áreas da economia, levando muitos a questionar se essa prática permaneceria relevante. Em 2022, o número de trabalhadores no modelo remoto alcançou 6,7 milhões, correspondente a 8,4% do total. No entanto, em 2024, o número de profissionais que atuam em casa caiu de 6,613 milhões para 6,585 milhões, resultando em uma diminuição de 28 mil trabalhadores.

A pesquisa do IBGE considera o principal local de trabalho dos profissionais. Por exemplo, um funcionário que trabalha três dias em casa e dois na empresa é contabilizado na categoria dos que atuam no domicílio de residência.

A maioria dos trabalhadores brasileiros, 59,4%, continua atuando em estabelecimentos físicos das empresas, um aumento em comparação aos 59,1% de 2023. Contudo, esse número é inferior aos 62,7% registrados em 2012.

Entre os diferentes tipos de local de trabalho, 14,2% dos profissionais estão em outras instalações designadas por empregadores, enquanto 8,6% atuam em áreas rurais, como fazendas e chácaras. Os trabalhadores em veículos automotores, que incluem motoristas de aplicativos, representam 4,9% do total.

As diferenças regionais também são notáveis. No ano passado, as regiões Norte (5,9%) e Sudeste (5,2%) apresentaram as maiores proporções de trabalhadores em veículos automotores. Em relação ao home office, o Nordeste (8,4%), o Sudeste (8,3%) e o Norte (8,2%) estão acima da média nacional. Já o Centro-Oeste (7,2%) e o Sul (6,6%) registraram números inferiores.

Esses dados refletem a evolução do trabalho no Brasil, que continua a se adaptar às novas realidades do mercado.