segunda-feira, 22 de dezembro de 2025
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Inflação de outubro atinge 0,09%, a menor taxa em 27 anos

Queda nos preços de energia elétrica contribui para desaceleração da inflação no Brasil

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Inflação de outubro atinge 0,09%, a menor taxa em 27 anos
Foto: Divulgação

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RIO DE JANEIRO, RJ - A inflação oficial do Brasil, conforme medido pelo IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), apresentou uma desaceleração em outubro, registrando 0,09%, em comparação aos 0,48% observados em setembro. A informação foi divulgada nesta terça-feira (11) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

Essa taxa de 0,09% é a mais baixa para o mês de outubro desde 1998, quando foi registrado 0,02%. O resultado ficou abaixo da mediana das expectativas do mercado financeiro, que era de 0,15%, segundo a agência Bloomberg, com estimativas variando de 0,08% a 0,23%.

No acumulado dos últimos 12 meses, a inflação também apresentou queda, passando de 5,17% em setembro para 4,68% em outubro. Apesar de ainda estar acima do teto da meta de inflação de 4,5% estabelecida pelo Banco Central (BC), analistas acreditam que há chances de o IPCA terminar o ano dentro do intervalo de tolerância.

O analista Leonardo Costa, do Asa, comentou: "Estamos caminhando para uma inflação dentro da meta até o final de 2025. A expectativa é que o IPCA em dezembro fique abaixo de 4,5%."

A queda na inflação de outubro foi impulsionada principalmente pela redução nos preços da energia elétrica, que registrou uma diminuição de 2,39% no mês. Esse fator teve um impacto de -0,10 ponto percentual no índice geral. Caso a energia não fosse considerada, o IPCA teria subido 0,20%, conforme dados do IBGE.

Essa diminuição nos custos da energia elétrica se seguiu a um aumento significativo de 10,31% em setembro, quando o término do bônus de Itaipu levou a um aumento nas contas.

O grupo habitação teve uma queda de 0,30% em outubro, e outros segmentos como artigos de residência (-0,34%) e comunicação (-0,16%) também apresentaram recuos. Por outro lado, o grupo de alimentação e bebidas, que vinha em queda, teve uma leve variação positiva (0,01%) após quatro meses consecutivos de baixa.

O aumento nos preços de serviços, que aceleraram de 0,13% em setembro para 0,41% em outubro, continua sendo uma preocupação para economistas, com destaque para os custos de alimentação fora do domicílio, aluguel e passagens aéreas.

As projeções do mercado financeiro indicam uma inflação de 4,55% para os 12 meses de 2025, conforme o boletim Focus. O Banco Central, por sua vez, mantém a taxa Selic em 15% ao ano, visando controlar a inflação.

Entre as capitais pesquisadas, Vitória registrou a maior inflação acumulada nos últimos 12 meses, com 5,39%, seguida por São Paulo e Aracaju, que apresentaram 5,17%.