O Instituto Butantan inaugurou um novo insetário que se propõe a intensificar o combate a doenças virais transmitidas por mosquitos, como dengue, zika e chikungunya. Com nível 2 de biossegurança (NB2), a instalação é destinada à criação controlada de mosquitos das espécies Aedes aegypti e Aedes albopictus.

A nova estrutura permitirá a realização de ensaios necessários para comprovar a segurança ambiental e a ausência de risco de transmissão de vírus vacinais pelos mosquitos em pesquisas voltadas ao desenvolvimento de vacinas contra arboviroses.

O insetário será integrado a plataformas de vigilância do Centro para Vigilância Viral e Avaliação Sorológica (CeVivas) e aos núcleos de Bioinformática e Genômica do Centro de Desenvolvimento Científico (CDC) do Butantan, promovendo um ambiente multidisciplinar focado na saúde pública.

A diretora do CDC, Sandra Coccuzzo, destacou que a nova instalação confere ao Instituto autonomia científica, acelerando o processo de liberação de novas vacinas e garantindo a biossegurança necessária para fortalecer a resposta nacional às arboviroses.

Com rigorosos protocolos de segurança, o insetário foi projetado para controlar temperatura, umidade e fluxo de ar, assegurando que mesmo mosquitos infectados não representem risco para o meio ambiente.

Atualmente, os pesquisadores já iniciaram ensaios com vírus selvagens e aguardam a aprovação da CTNBio para trabalhar com vírus vacinais. A diretora do Laboratório de Ciclo Celular, Carolina Sabbaga, enfatizou a relevância do insetário para compreender a transmissão viral e a eficácia das vacinas.

Além de atender às demandas atuais, o espaço poderá ser utilizado para pesquisas com outros vetores e patógenos no futuro, consolidando o Instituto Butantan como referência em estudos de virologia.