IPCA registra alta de 0,18% em novembro
Índice apresenta crescimento em relação ao mês anterior e mostra variações em diferentes grupos de produtos.
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) referente ao mês de novembro ficou em 0,18%, apresentando um aumento de 0,09 ponto percentual em comparação com a taxa de 0,09% registrada em outubro. No acumulado do ano, o IPCA já soma uma alta de 3,92%, enquanto nos últimos 12 meses a variação foi de 4,46%, abaixo dos 4,68% do período anterior. No mesmo mês do ano passado, a variação havia sido de 0,39%.
Em novembro, cinco dos nove grupos de produtos e serviços analisados apresentaram variação positiva. Os maiores impactos foram observados em Despesas pessoais (0,77%) e Habitação (0,52%), ambos com impacto de 0,08 p.p. Cada, seguidos por Vestuário (0,49%), Transportes (0,22%) e Educação (0,01%). Por outro lado, os grupos Artigos de residência (-1,00%), Comunicação (-0,20%), Saúde e cuidados pessoais (-0,04%) e Alimentação e bebidas (-0,01%) apresentaram variações negativas.
No grupo Despesas pessoais, o subitem Hospedagem destacou-se com uma variação de 4,09%, impactando 0,03 p.p. no índice do mês, especialmente em Belém, que teve uma alta significativa devido à realização da COP 30, conferência do clima da ONU.
A variação em Habitação foi influenciada principalmente pelo aumento de 1,27% na energia elétrica residencial, que teve impacto de 0,05 p.p. O reajuste nas tarifas de energia e água em diversas regiões também contribuiu para essa alta.
O grupo Transportes apresentou um crescimento de 0,22%, impulsionado por um aumento de 11,90% nas passagens aéreas. Entretanto, os combustíveis registraram variações negativas.
O índice mostra que a alimentação no domicílio caiu pelo sexto mês consecutivo, com queda de 0,20%. No entanto, a alimentação fora do domicílio teve uma variação positiva de 0,46%.
As variações regionais mostraram Goiânia como a localidade com a maior alta (0,44%), enquanto Aracaju registrou a menor (-0,10%).
O IPCA é calculado pelo IBGE e reflete o comportamento de preços para famílias com renda de 1 a 40 salários mínimos, abrangendo várias regiões do país.