segunda-feira, 22 de dezembro de 2025
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Lula considera isenção de IR como 'quase um 14º salário' e sugere compra de TV para a Copa

Presidente defende justiça tributária e destaca benefícios da nova medida em pronunciamento.

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Lula considera isenção de IR como 'quase um 14º salário' e sugere compra de TV para a Copa
Foto: Divulgação

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Em um pronunciamento transmitido por rádio e TV neste domingo, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que a ampliação da faixa de isenção do Imposto de Renda para salários de até R$ 5 mil representa um alívio financeiro significativo, comparando o benefício a "quase um décimo quarto salário". Lula sugeriu que os beneficiários da medida poderiam usar essa "renda extra" para quitar dívidas ou até adquirir uma televisão maior para acompanhar a Copa do Mundo de 2026.

O presidente destacou que, a partir de janeiro do próximo ano, o que hoje é um desconto no contracheque se tornará um dinheiro extra no bolso. "Para viajar com a família, comprar presentes de Natal, ou até mesmo comprar uma televisão nova para ver a Copa do Mundo", afirmou Lula.

A lei que amplia a isenção foi sancionada na quarta-feira, 26, e cumpre uma promessa de campanha do presidente. Durante seu discurso, Lula evitou o termo "isenção" e optou por referir-se a "zero de imposto de renda", expressão utilizada também na divulgação oficial. Ele explicou que uma pessoa com um salário de R$ 4,8 mil poderá economizar até R$ 4 mil ao longo de um ano.

O presidente também defendeu que a medida visa combater a desigualdade social no Brasil e ressaltou que, além de aumentar a faixa de isenção, a nova legislação impõe uma taxação mínima de 10% sobre os super-ricos, que representam apenas 0,1% da população. "Mais do que uma correção na tabela do imposto de renda, a nova lei busca atacar a injustiça tributária, que é a principal causa da desigualdade no Brasil", declarou.

Lula criticou a elite econômica, afirmando que ao longo de 500 anos, os mais ricos acumularam privilégios, como pagar menos impostos do que a classe média. Ele comparou as alíquotas, afirmando que quem vive do trabalho pode pagar até 27,5% de Imposto de Renda, enquanto aqueles que vivem de rendas pagam, em média, apenas 2,5%.

O presidente classificou essa situação como "inaceitável" e afirmou que mudanças são necessárias. Ele ressaltou que a alteração nas regras do IR é um passo importante na luta contra a desigualdade, mas que não será o último. "Queremos que a população brasileira tenha direito à riqueza que gera com seu trabalho. Continuaremos firmes no combate aos privilégios de poucos em defesa dos direitos de muitos", concluiu.