BELO HORIZONTE, MG - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) desdenhou da influência política do governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), durante um evento da Caravana Federativa, realizado nesta quinta-feira (11) na capital mineira. Lula afirmou que Zema "não vai a lugar nenhum" e fez uma alusão a um vídeo em que o governador aparece consumindo uma banana com casca para criticar a inflação dos alimentos.

Em seu discurso, Lula recordou o início de seu mandato, quando convidou todos os governadores para apresentarem projetos ao PAC (Programa de Aceleração do Crescimento). "O Zema não disse nada porque queria apenas comer banana com casca. Ele não aprendeu a descascar banana ainda. O cara que não consegue descascar banana não pode querer fazer mais nada", declarou o presidente, gerando aplausos entre seus apoiadores.

A crítica de Lula se refere à tentativa de Zema de se posicionar como pré-candidato à presidência, ao mesmo tempo em que tenta conquistar o eleitorado bolsonarista. Em uma entrevista anterior ao Portal Uai, Lula também minimizou a pré-candidatura de Flávio Bolsonaro (PL-RJ), ressaltando que novos nomes surgem frequentemente, mas isso indica incerteza em relação à disputa.

O presidente Lula intensificou sua presença em Minas Gerais, com esta sendo a oitava visita ao estado em 2023, como parte de sua estratégia para fortalecer sua base política no segundo maior colégio eleitoral do Brasil. No entanto, o PT ainda enfrenta desafios para construir uma candidatura forte para o governo mineiro nas eleições de 2026. O senador Rodrigo Pacheco (PSD), que era considerado um potencial candidato, deve se afastar da política após não ser escolhido para o STF (Supremo Tribunal Federal).

Outros nomes que podem surgir como opções para apoiar Lula nas eleições de 2026 incluem o ex-prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil (PDT), e o presidente da Assembleia Legislativa, Tadeu Leite (MDB), embora ainda não haja confirmação de suas candidaturas.

Lula também expressou sua esperança de que Rodrigo Pacheco reconsidere sua decisão de não entrar na corrida pelo governo de Minas, afirmando que o senador poderia fazer a diferença em sua campanha presidencial.