O presidente Luiz Inácio Lula da Silva enfatizou, nesta quarta-feira (17), a necessidade de o governo brasileiro comunicar de maneira mais efetiva as suas ações e conquistas. Durante a última reunião ministerial de 2025, realizada na Granja do Torto, em Brasília, Lula afirmou que o país enfrenta uma polarização política que dificulta a percepção pública dos avanços realizados nos últimos anos.

Segundo ele, é crucial que a equipe governamental tenha um discurso claro e definido para o próximo ano eleitoral. "O ano eleitoral será a hora da verdade, onde precisamos mostrar quem faz o quê neste país e o que ocorreu antes de nossa chegada ao governo", afirmou o presidente, ao mencionar ações em áreas como economia e inclusão social.

Lula expressou a convicção de que a população ainda não está completamente ciente do que ocorreu no Brasil e que é necessário encontrar uma narrativa que permita uma avaliação adequada das ações governamentais. Ele também manifestou sua disposição em aceitar a saída de ministros que desejem concorrer a cargos nas próximas eleições, que incluirão a escolha do novo presidente, governadores, senadores e deputados.

O presidente ressaltou a importância da articulação política para a aprovação de medidas no Congresso, como a reforma tributária e a isenção do imposto de renda. Ele destacou que o Brasil vive um momento único em termos econômicos, com um aumento na capacidade de investimento e financiamento pelos bancos públicos.

Em sua fala, Lula reafirmou a ideia de que a circulação de dinheiro na população é essencial para resolver problemas econômicos. "Pouco dinheiro na mão do povo resolve o problema, não há macroeconomia que funcione sem isso", disse ele, afirmando que sua administração tem se esforçado para combater a invisibilidade da população mais pobre.

Após a abertura da reunião, o vice-presidente Geraldo Alckmin comentou sobre as políticas industriais em curso, enquanto o ministro da Casa Civil, Rui Costa, apresentou um balanço dos três primeiros anos da gestão. Também estavam previstas intervenções de outros ministros, como Fernando Haddad (Fazenda), Sidônio Palmeira (Secretaria de Comunicação Social) e Gleisi Hoffmann (Relações Institucionais).