segunda-feira, 22 de dezembro de 2025
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Lula propõe redução da jornada de trabalho e isenção da PLR em evento no Planalto

Presidente destaca importância das mudanças para o desenvolvimento e redução da desigualdade

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Lula propõe redução da jornada de trabalho e isenção da PLR em evento no Planalto
Foto: Divulgação

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BRASÍLIA, DF - Durante a cerimônia de sanção da reforma do Imposto de Renda, realizada nesta quarta-feira (26) no Palácio do Planalto, o presidente Lula sinalizou a possibilidade de alterações na jornada de trabalho e a isenção total da Participação nos Lucros e Resultados (PLR). Essas propostas foram mencionadas após reivindicações de líderes sindicais, como Sérgio Nobre, presidente da Central Única dos Trabalhadores, e do deputado federal Arthur Lira, que abordaram a importância da isenção do imposto antes da fala do presidente.

Atualmente, a PLR é tributada pelo Imposto de Renda quando o valor ultrapassa R$ 8.214. Lula enfatizou a necessidade de atualizar a carga horária de trabalho, apontando que "não podemos manter a mesma jornada de 1943", referindo-se ao ano de criação da Consolidação das Leis do Trabalho. O presidente também comentou sobre a revolução digital e a necessidade de discutir a jornada de trabalho e o modelo 6x1, que têm sido bandeiras defendidas pela esquerda brasileira e agora estão sendo consideradas pelo governo.

Embora Lula tenha destacado que a sanção da isenção do IR é significativa, ele alertou que isso não "salvará a humanidade brasileira". O governo busca elevar o Brasil a um nível médio de desenvolvimento e combater a desigualdade social.

A isenção do IR para quem ganha até R$ 5.000, uma promessa de campanha de Lula, é vista como uma estratégia importante para as eleições de 2026. Segundo cálculos do Ministério da Fazenda, cerca de 15 milhões de brasileiros poderão ser beneficiados pela nova regra, que será financiada por uma tributação maior sobre os super-ricos, ou seja, aqueles que possuem rendimentos superiores a R$ 600 mil anuais.

A cerimônia não contou com a presença dos presidentes da Câmara e do Senado, o que reflete o distensionamento nas relações entre o governo e o Legislativo. Em meio a esse cenário, Lula confirmou Jorge Messias como indicado para o STF e deve dialogar com Davi Alcolumbre, que expressou resistência à indicação, com a sabatina marcada para 10 de dezembro.