segunda-feira, 22 de dezembro de 2025
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Lulistas Veem Oportunidade em Pré-Candidatura de Flávio Bolsonaro para Avançar no Centrão

Aliados de Lula analisam cenário político e destacam a possibilidade de alianças com partidos do centrão diante da candidatura de Flávio Bolsonaro.

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Lulistas Veem Oportunidade em Pré-Candidatura de Flávio Bolsonaro para Avançar no Centrão
Foto: Divulgação

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Integrantes do governo Lula (PT) estão atentos ao lançamento da pré-candidatura de Flávio Bolsonaro (PL) à presidência, considerando que essa movimentação pode abrir espaço para negociações com os partidos do centrão, independentemente da seriedade da candidatura.

Os aliados de Lula têm opiniões divergentes sobre as verdadeiras motivações do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) ao lançar seu filho na disputa. Contudo, muitos veem uma chance de aproximação com partidos que atualmente fazem parte do governo, mas que estavam se organizando em torno do nome do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos).

Conforme apontado pela coluna Painel, da Folha de S.Paulo, membros do centrão interpretam a tentativa de Bolsonaro como uma estratégia para garantir a relevância política da família, o que pode resultar no isolamento do pré-candidato.

Neste contexto, a fragmentação da direita seria benéfica para estabelecer acordos com os partidos centristas, similar ao que ocorreu com o PSD nas eleições de 2022.

Os ministros de Lula consideram duas possibilidades para a decisão de Bolsonaro. Uma linha de pensamento sugere que o ex-presidente busca apenas preservar sua influência política até o próximo ano, possibilitando negociações mais favoráveis com outro candidato. Para Flávio, isso significaria manter sua visibilidade para uma eventual reeleição ao Senado.

Outra vertente acredita na seriedade da candidatura de Flávio como uma maneira de concentrar o capital político da família Bolsonaro, mesmo correndo o risco de uma derrota para Lula nas próximas eleições. Essa estratégia visa evitar que o apoio da base bolsonarista se disperse entre múltiplos candidatos centristas.

Uma parte dos aliados de Lula que acredita na candidatura de Flávio em 2026 vê isso como um movimento que visa também as eleições de 2030. Essa análise parte da ideia de que o opositor que enfrentar Lula no segundo turno, caso o petista seja reeleito, se tornará um nome forte para a próxima corrida eleitoral.

Os colaboradores de Lula concordam que o nome de Bolsonaro voltou a ser um tema central nas discussões eleitorais, especialmente em um momento em que Tarcísio dominava o foco da direita.

Embora o presidente tenha afirmado que não escolhe adversários, essa nova situação exigirá uma adaptação em sua comunicação. A estratégia, que atualmente foca nas críticas ao governo de Tarcísio, agora deverá incluir comparações com a gestão de Bolsonaro.

O ministro da Secretaria Geral, Guilherme Boulos, não hesitou em provocar Flávio nas redes sociais, lembrando que Lula já derrotou seu pai em 2022 e que a meta agora é vencer o filho em 2026.

No entanto, o PT ainda é cauteloso em se organizar para uma campanha contra Flávio, já que a liderança do partido não tem certeza sobre a real intenção de seu concorrente. Dirigentes petistas consideram que o cenário bolsonarista é instável e acreditam que o mais prudente seria esperar até que as candidaturas estejam mais claras, entre o meio e o final do primeiro semestre do próximo ano, para então definir suas estratégias.

Se a candidatura de Flávio se concretizar, os aliados de Lula acreditam que isso poderá facilitar