segunda-feira, 22 de dezembro de 2025
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Microsoft reconhece a ameaça do SteamOS, mas promessas para corrigir o Windows 11 são insuficientes

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Microsoft reconhece a ameaça do SteamOS, mas promessas para corrigir o Windows 11 são insuficientes
Foto: Divulgação

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Com mais de 30 anos como jogador de PC, percebo que os sistemas operacionais da Microsoft (primeiro MS-DOS e, depois, várias versões do Windows) sempre foram a escolha padrão para quem deseja montar ou adquirir um PC para jogos. Essa popularidade do Windows fez com que desenvolvedores priorizassem essa plataforma, resultando em um efeito de bola de neve: para ter acesso à maior biblioteca de jogos, era necessário ter o Windows instalado.

No entanto, essa situação começou a se tornar problemática. Apesar de ser o sistema operacional mais utilizado, poucos realmente gostam do Windows. Se alguém afirma que ama o Windows, é provável que trabalhe para a Microsoft, e a melhor opção é se afastar. A constatação é que os jogadores de PC foram obrigados a tolerar versões do Windows em suas máquinas, enquanto a Microsoft parecia acomodada.

Essa complacência levou a uma situação em que a empresa parecia ter esquecido os jogadores de PC, resultando em um sistema operacional inchado que permitia jogar com interrupções mínimas ou, em casos piores, com a introdução de recursos indesejados. Enquanto isso, a Valve, desenvolvedora de Half-Life, lançou o Steam em 2003, um software que evoluiu de uma ferramenta de atualização automática para uma plataforma de vendas de jogos.

Com a popularização do Steam, a Microsoft começou a sentir a pressão e, em 2007, lançou o Games for Windows – Live, que tentou integrar recursos sociais à experiência de jogo, mas acabou sendo mal recebido. A partir de 2019, a Microsoft começou a vender seus jogos na plataforma Steam, reconhecendo a força da concorrência.

A Valve não se limitou a ser uma loja de jogos, mas lançou o SteamOS, um sistema operacional baseado em Linux, que visa oferecer uma experiência de jogo sem os problemas de desempenho do Windows. Com o Proton, uma camada de compatibilidade que permite que jogos do Windows rodem no SteamOS, tornou-se possível jogar sem a necessidade do Windows.

Além disso, o lançamento do Steam Deck, um console portátil que roda SteamOS, exemplifica como a Valve está desafiando a Microsoft. Embora diversos dispositivos com Windows 11 tenham surgido, a experiência de jogo ainda deixa a desejar, com problemas como mensagens pop-up que interferem na jogabilidade.

Recentemente, a Microsoft parece estar se movendo para melhorar o Windows 11 para jogos, mas as mudanças anunciadas ainda parecem insuficientes. O foco em melhorias como a experiência de tela cheia do Xbox e a entrega avançada de sombreados são passos na direção certa, mas muitos ainda veem isso como uma tentativa de recuperação tardia.