segunda-feira, 22 de dezembro de 2025
Ao vivo
Economia

Ministro Dias Toffoli viaja a Lima em jato particular durante final da Libertadores

Viagem ocorreu ao lado de advogado ligado ao caso Master, que está sob sua supervisão no STF.

Economia2 min de leitura
Ministro Dias Toffoli viaja a Lima em jato particular durante final da Libertadores
Foto: Divulgação

Publicidade

Anuncie aqui

O ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), viajou a Lima, no Peru, em um jato particular durante a final da Taça Libertadores, acompanhado de um advogado que atua no caso Master, que está sob a supervisão do magistrado. A viagem ocorreu na manhã da sexta-feira, dia 28, e o retorno foi no domingo, dia 30. A final da Libertadores, que culminou na vitória do Flamengo sobre o Palmeiras, aconteceu no sábado, dia 29.

O jato pertence ao empresário Luiz Osvaldo Pastore. A informação foi inicialmente divulgada pela coluna Lauro Jardim, do jornal O Globo, e confirmada pela nossa reportagem. Até o fechamento desta matéria, Dias Toffoli não havia se pronunciado através de sua assessoria de comunicação, e não conseguimos contato com o proprietário da aeronave.

Além de Toffoli, estavam a bordo do voo mais de dez passageiros, incluindo o ex-secretário Nacional de Justiça, Augusto Arruda Botelho, que atualmente defende um dos diretores do Master e é amigo de Pastore. Botelho também não respondeu aos nossos contatos.

O caso Master foi distribuído a Dias Toffoli no dia 28, após o embarque do ministro. Em 2 de dezembro, ele havia imposto sigilo elevado a um pedido da defesa de Daniel Vorcaro, proprietário da instituição financeira. O pedido para que o caso fosse encaminhado ao STF ocorreu após a descoberta de documentos relacionados a um negócio imobiliário do deputado João Carlos Bacelar (PL-BA) em uma busca e apreensão.

O deputado declarou que esteve envolvido na criação de um fundo para a construção de um empreendimento em Trancoso, na Bahia, embora a transação não tenha avançado. Na época, Vorcaro havia demonstrado interesse na aquisição de parte do projeto.

As investigações sobre Vorcaro começaram na Justiça Federal do Distrito Federal, onde ele foi preso, mas posteriormente libertado pela juíza Solange Salgado da Silva, do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1), que impôs o uso de tornozeleira eletrônica. O Ministério Público Federal recorreu da decisão, solicitando a restauração da prisão dele e de outros executivos.

Vorcaro foi detido no dia 17, no aeroporto de Guarulhos (SP), enquanto tentava embarcar para Dubai. A juíza do TRF-1 reconheceu as gravidades das acusações, mas argumentou que as medidas cautelares, como a tornozeleira, eram adequadas. Ao ordenar a soltura, ressaltou que o banqueiro havia informado previamente ao Banco Central sobre sua viagem aos Emirados Árabes Unidos para se encontrar com investidores interessados no Banco Master.