segunda-feira, 22 de dezembro de 2025
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Mudanças no Imposto de Renda vão beneficiar 73,5% dos professores da educação básica

Isenção para rendimentos abaixo de R$ 5 mil e redução para até R$ 7.350 deve impactar mais de 600 mil docentes a partir de janeiro de 2026.

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Mudanças no Imposto de Renda vão beneficiar 73,5% dos professores da educação básica
Foto: Divulgação

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A isenção do Imposto de Renda para quem recebe menos de R$ 5 mil e a redução da alíquota para rendimentos até R$ 7.350, programadas para entrar em vigor em janeiro de 2026, deverá beneficiar cerca de 73,5% dos professores da educação básica no Brasil, conforme divulgado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) nesta quarta-feira (17).

De acordo com o estudo, mais de 600 mil professores deixarão de pagar o imposto devido à Lei nº 15.270/2025, sancionada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva em novembro. A proporção de docentes isentos de Imposto de Renda Pessoa Física (IRPF) aumentará de 19,7% para 51,6%, enquanto 21,9% da categoria terá redução na carga tributária.

O impacto financeiro positivo é comparado a um 14º salário ao longo do ano, como apontou o Ipea. A análise foi realizada com base na Relação Anual de Informações Sociais (RAIS), que contém dados de profissionais contratados com carteira assinada ou em regime estatutário, utilizando microdados de 2022.

Segundo Adriano Souza Senkevics, técnico do Ipea, a reforma na tabela do imposto de renda é necessária devido à defasagem em relação à progressividade fiscal. Ele ressalta que a categoria dos professores é uma das maiores do país e a mudança terá um efeito multiplicador nas economias locais, aumentando o consumo e a arrecadação.

Senkevics também observou que, apesar do Piso Nacional do Magistério, que atualmente é de R$ 4.867,77 para 40 horas semanais, os salários variam conforme o município e o estado. Em algumas localidades, como Minas Gerais, Tocantins e Roraima, a proporção de professores isentos pode aumentar entre 20% a 60%. No Distrito Federal, onde os salários são mais altos, a taxa de isenção deve saltar de 10% para 25%.