segunda-feira, 22 de dezembro de 2025
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Pesquisa aponta que a maioria dos brasileiros é contrária ao PL da Dosimetria

Levantamento da Genial/Quaest revela que 47% desaprovam a proposta de redução de penas

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Pesquisa aponta que a maioria dos brasileiros é contrária ao PL da Dosimetria
Foto: Divulgação

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Uma pesquisa realizada pela Genial/Quaest, divulgada nesta quarta-feira (17), revela que 47% dos brasileiros se opõem à redução de penas proposta no PL da Dosimetria, que visa beneficiar o ex-presidente Jair Bolsonaro e outros envolvidos nos eventos de 8 de janeiro. Em contrapartida, 43% dos entrevistados são favoráveis à proposta, sendo 24% a favor da aprovação do PL e 19% a favor de reduções ainda maiores.

O estudo indica que 58% da população acredita que o projeto, que já passou pela Câmara e está em tramitação no Senado, foi elaborado com a intenção de diminuir as penas do ex-presidente, enquanto 30% consideram que o objetivo é reduzir as penas de todos os envolvidos na tentativa de golpe.

Realizada entre os dias 11 e 14 de outubro, a pesquisa entrevistou 2.004 pessoas acima de 16 anos, com uma margem de erro de dois pontos percentuais. Curiosamente, 53% dos entrevistados afirmaram não saber que o PL da Dosimetria já foi aprovado na Câmara.

A pesquisa também questionou os entrevistados sobre a possibilidade de anistia. Dentre os participantes, 44% se disseram contra uma anistia completa, enquanto 36% apoiariam uma proposta que abrangesse todos os envolvidos. Apenas 10% mostraram apoio à anistia restrita a manifestantes condenados por atos de vandalismo. Outros 10% não souberam ou não quiseram responder.

Entre os bolsonaristas, 53% são favoráveis a reduções de pena ainda mais significativas do que as propostas, enquanto 10% se posicionaram contra. Em contraste, 77% dos lulistas se opuseram à redução de penas, com apenas 4% a favor.

O relator do PL, Paulinho da Força (Solidariedade), afirmou que a proposta poderia reduzir a pena de Bolsonaro de seis anos e dez meses para um intervalo de dois a três anos. No entanto, no Senado, há a percepção de que o texto foi redigido de maneira a beneficiar também condenados por outros crimes, o que diminuiu seu apoio entre os senadores. A votação estava agendada para esta quarta-feira.