segunda-feira, 22 de dezembro de 2025
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Polícia Federal Investiga Emendas de 92 Parlamentares Sob Ordem de Flávio Dino

Análise de repasses pode levar à abertura de novos inquéritos no STF para apurar irregularidades.

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Polícia Federal Investiga Emendas de 92 Parlamentares Sob Ordem de Flávio Dino
Foto: Divulgação

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A Polícia Federal (PF) está realizando uma investigação abrangente sobre emendas parlamentares de 92 políticos que atuaram no Congresso, com o objetivo de identificar possíveis irregularidades. A ação foi determinada pelo ministro Flávio Dino e pode resultar na abertura de novos inquéritos no Supremo Tribunal Federal (STF), visando apurar crimes como corrupção e prevaricação.

Desde setembro, a PF iniciou a análise após uma nota técnica do Tribunal de Contas da União (TCU), que apontou que 148 emendas, totalizando R$ 85 milhões, não possuíam plano de trabalho registrado na plataforma governamental exigida pelo STF. Essas emendas foram distribuídas por parlamentares de 15 estados, com destaque para o Amazonas, que concentrou R$ 27 milhões das transferências.

Flávio Dino ordenou que a PF investigasse as situações específicas de cada estado, com foco nos possíveis crimes relacionados ao uso irregular de verbas públicas. Embora a investigação não se dirija diretamente aos parlamentares, a possibilidade de que nomes com mandatos sejam implicados não está descartada.

O ex-deputado Bosco Saraiva, que destinou R$ 7,9 milhões sem plano de trabalho, é um dos políticos mencionados, mas ele não está sendo investigado. Dentre os municípios que receberam as emendas, apenas Santo Antônio do Içá apresentou justificativa para o uso dos recursos.

A maior quantidade de emendas em análise está em São Paulo, com 39 emendas totalizando R$ 14,7 milhões. As investigações sobre desvios de emendas parlamentares têm gerado tensões entre o Congresso e o Judiciário. A nova exigência de apresentação de plano de trabalho para a liberação das emendas foi implementada para garantir maior transparência no uso do dinheiro público.

Dino também indicou que levará ao plenário do STF o julgamento sobre a constitucionalidade dessas emendas, após solicitar manifestações da Advocacia-Geral da União e da Procuradoria-Geral da República.