segunda-feira, 22 de dezembro de 2025
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Previsão de Inflação do Mercado Financeiro Cai para 4,43% em 2023

Estimativas do Boletim Focus indicam expectativa de inflação abaixo da meta estabelecida pelo Banco Central.

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Previsão de Inflação do Mercado Financeiro Cai para 4,43% em 2023
Foto: Divulgação

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A previsão do mercado financeiro para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial do Brasil, foi ajustada de 4,45% para 4,43% para o ano de 2023. A nova estimativa foi divulgada no boletim Focus, publicado semanalmente pelo Banco Central (BC), nesta segunda-feira (1º), e reflete as expectativas das instituições financeiras para os principais indicadores econômicos.

Para os anos seguintes, as previsões de inflação também foram revisadas: para 2026, a expectativa caiu de 4,18% para 4,17%, enquanto para 2027 e 2028, as projeções são de 3,8% e 3,5%, respectivamente.

Essa é a terceira redução consecutiva nas previsões, influenciada pela divulgação do resultado da inflação de outubro, que foi a mais baixa para o mês em quase 30 anos. Com essa redução, a estimativa de inflação se encontra dentro do intervalo da meta estabelecida pelo Banco Central, que é de 3% com uma margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos, resultando em limites entre 1,5% e 4,5%.

A diminuição na conta de energia elétrica contribuiu para a queda da inflação, que fechou outubro com uma variação de apenas 0,09%, a menor registrada para o mês desde 1998, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em setembro, a inflação foi de 0,48%, e em outubro de 2024, registrou-se uma variação de 0,56%.

A inflação acumulada nos últimos 12 meses agora é de 4,68%, marcando a primeira vez em oito meses que este número caiu abaixo de 5%. No entanto, ainda se mantém acima do teto da meta estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN).

Para atingir a meta de inflação, o Banco Central utiliza a taxa Selic, atualmente fixada em 15% ao ano, conforme decisão do Comitê de Política Monetária (Copom). A recente desaceleração econômica e a queda da inflação levaram à manutenção da Selic por três reuniões consecutivas. Contudo, o Copom não descarta a possibilidade de novos aumentos na taxa, caso necessário.

Em comunicado, o BC destacou que o cenário externo permanece incerto devido à conjuntura econômica e política dos Estados Unidos, o que impacta as condições financeiras globais. No Brasil, a inflação ainda supera a meta, mesmo com a desaceleração da atividade econômica, indicando que os juros devem permanecer elevados por um período prolongado.

Os analistas projetam que a Selic deverá manter-se em 15% ao ano até o final de 2025, com uma expectativa de queda para 12% ao ano em 2026, e para 10,5% e 9,5% nos anos seguintes.

Quando o Copom decide aumentar a Selic, o objetivo é conter a demanda aquecida, o que impacta os preços, uma vez que juros mais altos encarecem o crédito e incentivam a poupança, podendo dificultar o crescimento econômico. Por outro lado, a redução da Selic geralmente torna o crédito mais acessível, estimulando a produção e o consumo, mas pode comprometer o controle da inflação.

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