segunda-feira, 22 de dezembro de 2025
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Ramagem pode renunciar em 2024 se conseguir asilo nos EUA, afirma líder do PL

Sóstenes Cavalcante tenta postergar votação sobre a cassação do deputado, prevista para esta semana.

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Ramagem pode renunciar em 2024 se conseguir asilo nos EUA, afirma líder do PL
Foto: Divulgação

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BRASÍLIA, DF - O líder do PL na Câmara, Sóstenes Cavalcante (RJ), revelou nesta segunda-feira (15) que o deputado Alexandre Ramagem (PL-RJ), que enfrenta a possibilidade de cassação, indicou que pode optar pela renúncia no próximo ano. Essa decisão estaria atrelada a um pedido de asilo que ele protocolou nos Estados Unidos, após ser condenado pelo STF (Supremo Tribunal Federal) no caso da tentativa de golpe.

Segundo Cavalcante, caso o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), insista em levar a votação a perda de mandato de Ramagem nesta semana, a expectativa do PL é que o desfecho seja similar ao da deputada Carla Zambelli (PL-SP), onde a maioria dos votos foi a favor da manutenção do mandato, mas o STF interveio para anular essa decisão.

Por isso, o líder do PL pretende solicitar a Motta que a votação seja adiada. Inicialmente, a deliberação estava marcada para quarta-feira (17). Sóstenes argumenta que o presidente da Câmara deveria seguir o mesmo procedimento adotado no caso Zambelli, que passou pela CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) antes de ser discutido no plenário. Essa abordagem, segundo ele, permitiria que Ramagem conseguisse o asilo e renunciasse antes da cassação.

Ramagem fugiu para os Estados Unidos durante o julgamento da trama golpista e foi condenado a 16 anos e um mês de prisão por sua participação na tentativa de golpe. O STF também ordenou a perda de seu mandato. Desde setembro, o deputado reside em um condomínio de luxo na Flórida, onde tem gravado vídeos e votado à distância nas sessões da Câmara, respaldado por um atestado médico.

A cúpula da Câmara acredita que a decisão final sobre as condenações de Ramagem e Zambelli quanto à perda de mandato cabe ao plenário. Contudo, o STF determinou, na última sexta-feira (12), que Motta retirasse o mandato da deputada.

É importante ressaltar que Motta adotou estratégias distintas para os dois casos; o processo de Zambelli foi encaminhado à CCJ antes de ser levado ao plenário, onde tramitou por mais de quatro meses, enquanto o caso de Ramagem está previsto para uma deliberação direta na Casa.