segunda-feira, 22 de dezembro de 2025
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Redução da Pobreza no Brasil: 8,6 milhões de brasileiros superam a linha da pobreza em um ano

Dados do IBGE revelam que programas sociais e o aquecimento do mercado de trabalho contribuíram para a diminuição dos índices de pobreza e miséria em 2024.

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Redução da Pobreza no Brasil: 8,6 milhões de brasileiros superam a linha da pobreza em um ano
Foto: Divulgação

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O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou nesta quarta-feira, 3, dados que mostram uma significativa redução da pobreza e da miséria no Brasil em 2024, com 8,6 milhões de brasileiros saindo da pobreza e 1,9 milhão superando a situação de miséria. Essas informações são parte da Síntese dos Indicadores Sociais (SIS), que destaca um novo piso histórico para a pobreza no país.

Em 2024, o número de habitantes vivendo abaixo da linha de pobreza caiu para 48,9 milhões, representando 23,1% da população, que sobrevive com cerca de R$ 23,13 por dia. Em 2023, a proporção era de 27,3%, com 57,6 milhões de pessoas nessa condição.

A pobreza extrema afetava 3,5% da população em 2024, totalizando 7,4 milhões de brasileiros que vivem com menos de R$ 7,27 por dia. No ano anterior, esse número era de 9,3 milhões, correspondente a 4,4% da população.

Os dados apontam que os índices de pobreza e miséria atingiram os níveis mais baixos desde o início da série histórica em 2012, refletindo a eficácia dos programas de transferência de renda e a melhora no mercado de trabalho. O IBGE destacou que, sem os benefícios sociais, a pobreza extrema teria afetado 10% da população em 2024.

Além disso, o índice de Gini, que mede a desigualdade de renda, caiu de 0,517 em 2023 para 0,504 em 2024, o menor valor já registrado. O rendimento médio domiciliar per capita cresceu 4,9%, alcançando R$ 2.017, com um aumento significativo entre os 10% mais pobres, que tiveram um crescimento de 13,2% em seus rendimentos.

Apesar dos avanços, a desigualdade permanece, com a Região Nordeste concentrando 50,3% da população em situação de extrema pobreza, embora represente apenas 26,9% da população total do Brasil. A análise também revela que as áreas rurais enfrentam taxas de pobreza mais elevadas em comparação às áreas urbanas.