Redução de arroz, leite, carne bovina e açúcar contribui para a queda nos custos da cesta básica em novembro

Foto: Paulo Lanzetta
A diminuição nos preços de arroz, leite, carne bovina e açúcar em novembro foi crucial para moderar o aumento do custo da cesta básica em várias capitais do Brasil. Um levantamento realizado pela Cesta de Consumo Básica Neogrid & FGV IBRE indica que a deflação desses produtos essenciais ajudou a aliviar a pressão provocada por itens processados, resultando em quedas significativas em cidades como São Paulo e Curitiba.
Apesar do alívio proporcionado pelos alimentos básicos, a variação da cesta básica não foi uniforme entre as oito capitais analisadas. Quatro delas registraram aumento, enquanto três mostraram queda e uma permaneceu estável, evidenciando a volatilidade recente nos preços dos alimentos.
São Paulo e Curitiba se destacam com quedas nos preços
Na capital paulista, a cesta básica teve uma redução de 1,72% em novembro, passando a custar R$ 924,53. Essa queda foi influenciada, principalmente, pela diminuição nos preços do arroz (-2,26%), da carne bovina (-3,05%) e do leite (-1,53%). No acumulado dos últimos seis meses, São Paulo apresenta a maior retração entre as cidades monitoradas, com uma queda total de 4,32%.
Curitiba, por sua vez, registrou o maior recuo do mês, com uma queda de 1,87%, fazendo com que a cesta custasse R$ 773,49. Essa redução foi impulsionada, especialmente, pela diminuição nos preços da carne bovina (-2,86%), do leite (-2,03%) e dos ovos (-2,28%). No entanto, ao longo de seis meses, a capital paranaense ainda apresenta uma leve alta de 0,83%.
Em Belo Horizonte, a queda foi menos acentuada (-0,24%), com destaque para o açúcar (-4,48%), carne bovina (-3,67%) e leite UHT (-1,00%).
Aumentos pontuais em outras capitais
Ainda que os itens básicos tenham apresentado alívio, algumas capitais observaram aumento no custo da cesta em novembro. O Rio de Janeiro se manteve como a capital com a cesta mais cara do país, com alta de 1,37%, totalizando R$ 995,76. No acumulado de seis meses, a alta chega a 2,72%, impulsionada principalmente por produtos processados, como margarina, óleo e molho de tomate.
Brasília registrou a maior alta do mês (1,94%), com a cesta alcançando R$ 817,74, embora a capital federal ainda acumule uma queda de 1,82% no semestre, o que indica uma desaceleração após picos anteriores. Em Salvador, a alta mensal foi de 0,83%, mas no acumulado de seis meses, a variação é negativa (-2,19%), apontando para uma acomodação nos preços. Fortaleza teve variação leve (+0,39%) e praticamente não alterou no semestre.
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