Ricardo Nunes comenta prisão de Bolsonaro após rompimento da tornozeleira
Prefeito de São Paulo expressa dificuldade em entender as razões para o ex-presidente tentar romper o monitoramento.

O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), manifestou sua perplexidade em relação à prisão de Jair Bolsonaro (PL) após o rompimento da tornozeleira eletrônica, ocorrido no último sábado (22). Em declarações feitas na noite de segunda-feira (24), Nunes destacou que é complicado compreender o que pode ter levado o ex-presidente a essa ação, considerando sua idade e problemas de saúde.
“É difícil entender o que uma pessoa na idade dele está passando. O que vi pela imprensa é que ele estava sob efeito de medicamento”, afirmou Nunes, ressaltando que não estava presente no momento dos acontecimentos e, portanto, não pode fazer comentários definitivos.
O prefeito completou que acredita que Bolsonaro estava enfrentando uma forte tensão psicológica, mas enfatizou que isso não justifica sua conduta. Sua declaração veio após a divulgação de imagens que mostraram os danos causados à tornozeleira, o que levou o ministro do STF, Alexandre de Moraes, a autorizar a prisão do ex-presidente na Polícia Federal em Brasília.
Nunes também abordou os impactos dessa situação no cenário político, reafirmando seu apoio ao governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) para as eleições de 2026, ao contrário de sua própria candidatura. “Tarcísio é o melhor quadro que o Brasil tem e não podemos perder sua capacidade de gestão”, declarou.
Embora Nunes tenha sido cogitado como um possível sucessor de Freitas, seu nome foi descartado devido a críticas de seu vice, coronel Mello Araújo (PL), em relação ao governador. O prefeito apontou que a tendência natural em São Paulo é o nome de Felício Ramuth.
Em paralelo, o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSD), que também se considera pré-candidato à Presidência, lamentou a situação, ressaltando que o rompimento da tornozeleira justifica legalmente a prisão de Bolsonaro. Por outro lado, o governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), reiterou seu apoio a Bolsonaro e defendeu a necessidade de mais candidatos à Presidência pela direita.