segunda-feira, 22 de dezembro de 2025
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Salário de R$ 100 mil é o maior do Brasil; conheça os cargos

Levantamento da Michael Page revela os profissionais que alcançam essa remuneração.

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Salário de R$ 100 mil é o maior do Brasil; conheça os cargos
Foto: Divulgação

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De acordo com o Guia Salarial 2026 elaborado pela consultoria Michael Page, o maior salário fixo no Brasil atinge R$ 100 mil mensais. Essa quantia é oferecida a cinco cargos, sendo quatro deles na área da saúde e um no setor varejista.

No campo da saúde, os profissionais que recebem R$ 100 mil incluem superintendentes ou diretores médicos de empresas do setor, líderes de unidades de negócios em empresas de dispositivos médicos, gerentes gerais de empresas de dispositivos médicos e líderes de unidades de negócios na indústria farmacêutica.

Por outro lado, o setor varejista remunera com o mesmo valor o gerente geral de operações. Além desses, as posições mais bem pagas incluem áreas como vendas, setor bancário e tecnologia da informação.

O levantamento analisou 548 funções em 15 setores e entrevistou mais de 7 mil profissionais. É importante ressaltar que o estudo não considerou bônus ou remunerações variáveis. As áreas avaliadas abrangem desde agronegócio até tecnologia e vendas.

Em relação às expectativas para 2026, a Michael Page destaca que 45% das empresas devem adotar uma postura cautelosa, não realizando aumentos salariais além do que é obrigatório. Um descompasso é observado, pois 59% dos trabalhadores não receberam aumento no último ano, enquanto 60% das empresas afirmam oferecer programas de capacitação.

Para atrair talentos, as empresas precisam ir além dos salários, investindo também em flexibilidade e oportunidades de crescimento. 73% das organizações afirmaram enfrentar dificuldades na contratação por falta de profissionais qualificados.

Ricardo Basaglia, CEO da Michael Page no Brasil, ressalta a necessidade de criar pacotes de benefícios que realmente façam a diferença na retenção de talentos. Para 55% dos candidatos, aspectos como saúde, alimentação e capacitação são tão importantes quanto a remuneração.

Os entrevistados também mencionaram altos índices de rotatividade e expectativas salariais superiores ao orçamento como desafios na contratação. O estudo aponta que esses fatores estão interligados, já que profissionais qualificados tendem a ter maior poder de negociação, o que pode resultar em alta rotatividade e pressão sobre os salários.

Quanto ao regime de trabalho, o modelo presencial integral continua sendo o mais comum, utilizado por 42% das empresas, um aumento em relação ao estudo anterior. O formato híbrido, embora ainda relevante, teve uma queda na adoção entre empresas, caindo de 50% para 44%, enquanto entre os profissionais cresceu de 37% para 40%.