segunda-feira, 22 de dezembro de 2025
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Shutdown nos EUA: 42 milhões enfrentam insegurança alimentar

Governo paralisado afeta diretamente o acesso ao programa de assistência alimentar

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Shutdown nos EUA: 42 milhões enfrentam insegurança alimentar
Foto: Divulgação

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Com a paralisação do governo dos Estados Unidos, o país vive um dos maiores shutdowns de sua história, impactando milhões de cidadãos. Desde o último sábado (1º), aproximadamente 42 milhões de americanos que dependem do programa de assistência alimentar SNAP, conhecido como vale-alimentação, estão sem garantia de acesso ao benefício, após o esgotamento dos fundos que o sustentam.

Na ausência de financiamento federal, famílias de baixa renda enfrentam o risco de fome. O governo informou que os beneficiários receberão apenas 50% do valor habitual, após uma decisão judicial que impediu a suspensão total do programa.

Um veterano de guerra do Missouri expressou sua preocupação ao The Guardian, dizendo: “Tenho que escolher entre pagar meus remédios, as contas ou comprar comida para mim e meus animais”.

A rede Feeding America, que administra diversos bancos de alimentos pelo país, relatou um aumento sem precedentes na demanda por assistência. Linda Nageotte, presidente da organização, destacou que “uma em cada oito pessoas nos EUA não tem o suficiente para comer. Se você é uma das sete que têm, é hora de agir”.

Além do impacto na alimentação, a paralisia do governo também afeta programas de saúde pública. Com o término dos subsídios criados em 2021, os custos das apólices do Obamacare aumentaram, resultando na perda de cobertura gratuita para muitos cidadãos de baixa renda, com casos onde o preço dos planos dobrou.

O setor de transporte aéreo também sente as consequências do shutdown. Aproximadamente 730 mil funcionários federais continuam trabalhando sem remuneração, incluindo controladores de voo, que já sinalizaram que não retomarão suas atividades até que a paralisação termine. Na última sexta-feira (31), dois aeroportos em Nova York foram forçados a suspender temporariamente pousos devido à falta de pessoal.

Durante a paralisação anterior, entre 2018 e 2019, a crise no tráfego aéreo foi um fator crucial que levou à negociação entre democratas e republicanos.

Enquanto milhões de americanos enfrentam a insegurança alimentar e a incerteza, o ex-presidente Donald Trump recebeu críticas por promover uma festa luxuosa inspirada em O Grande Gatsby, um símbolo de ostentação e desigualdade social. A festa foi organizada por Timothy Mellon, herdeiro bancário e doador anônimo, cuja contribuição pode infringir leis que limitam os gastos do governo sem autorização do Congresso.