segunda-feira, 22 de dezembro de 2025
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Simone Tebet solicita apoio do setor financeiro para reduzir gastos públicos

Ministra destaca necessidade de responsabilidade fiscal e planejamento orçamentário

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Simone Tebet solicita apoio do setor financeiro para reduzir gastos públicos
Foto: Divulgação

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A ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, reafirmou nesta segunda-feira, 24, o compromisso do governo federal com a responsabilidade fiscal e a busca por um equilíbrio entre o crescimento econômico e o controle da inflação. Durante o almoço anual da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), Tebet ressaltou que o Executivo tem enfrentado dificuldades para implementar reformas fiscais devido à influência de lobbies.

"No quesito das reformas fiscais, nós andamos muito mais lentamente do que precisávamos. É importante que as responsabilidades sejam compartilhadas. O Poder Executivo tentou avançar, mas enfrentou lobbies que dificultaram esse progresso", afirmou a ministra.

Simone Tebet também pediu que o setor financeiro colabore na sensibilização do Congresso sobre a importância da redução de gastos, especialmente em relação aos elevados gastos tributários e isenções fiscais. "Vocês, agentes do mercado, podem ser parceiros do Brasil, levando essa mensagem ao Congresso Nacional", destacou.

A ministra enfatizou que o crescimento econômico não deve ser contido por receios relacionados à inflação. "Precisamos criar condições para um crescimento justo e sustentável, sem medo de falar em controle de gastos públicos e responsabilidade fiscal", disse.

Ela defendeu um planejamento orçamentário mais rigoroso, citando exemplos de países asiáticos que conseguiram estabelecer metas de médio e longo prazo. "Gastar muito é ruim, mas gastar mal é pior ainda", alertou, ressaltando a importância de investimentos em ciência, tecnologia e inovação, ao mesmo tempo em que se cortam "gastos ruins".

Tebet também anunciou que o governo federal não terá novos gastos públicos em 2026, mas destacou a necessidade de avançar na redução de despesas, especialmente em benefícios tributários. "Para 2026, não haverá novos gastos públicos, mas precisamos continuar o corte, mesmo que linear", afirmou.

A ministra concluiu reforçando a importância de um planejamento orçamentário eficaz, criticando a prática de "enxugar gelo" e o improviso nas decisões orçamentárias. Ela mencionou que, apesar dos altos investimentos em educação, o Brasil ainda enfrenta desafios significativos nesta área.