STF determina que penas de Bolsonaro e outros réus sejam cumpridas
Transito em julgado abre caminho para a execução das condenações

Na tarde desta terça-feira (25), o ministro Alexandre de Moraes, relator do caso no Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a tentativa de golpe de Estado, anunciou que o processo envolvendo os réus Bolsonaro, Alexandre Ramagem e Anderson Torres transitou em julgado. Com isso, não há mais possibilidade de recursos, permitindo a execução das penas de prisão.
A decisão do STF implica na determinação das prisões, com o ministro Moraes responsável por definir os locais onde os condenados cumprirã suas penas. Jair Bolsonaro foi condenado a 27 anos e 3 meses de reclusão em regime fechado pela liderança de uma organização criminosa que visou impedir a posse do presidente Lula e subverter o Estado democrático de Direito.
Na segunda-feira (24), a Primeira Turma do STF confirmou, por unanimidade, a prisão preventiva de Bolsonaro, enquanto o prazo para a apresentação de novos recursos pelas defesas dos condenados terminou. O ex-presidente estava em prisão domiciliar desde 4 de agosto até o último sábado (22), quando foi detido na sede da Polícia Federal em Brasília.
A defesa de Bolsonaro decidiu não apresentar novos embargos de declaração, após a rejeição dos primeiros por parte da Primeira Turma do STF. Outros réus tentaram apresentar embargos, mas Moraes não aceitou esses recursos.
Flávio Bolsonaro, filho do ex-presidente, revelou que Jair Bolsonaro solicitou pressão sobre parlamentares para discutir a anistia. Ele também mencionou uma crise de soluço do pai na prisão e expressou preocupações sobre restrições alimentares, alegando que o ex-presidente se sente perseguido, enquanto o PL se prepara para uma ofensiva no Congresso.