O Supremo Tribunal Federal (STF) do Brasil deu a autorização para que uma ecografia seja realizada no ex-presidente Jair Bolsonaro, que atualmente cumpre pena na sede da Polícia Federal em Brasília. O exame, que será feito com um aparelho portátil de ultrassom no quarto onde ele está detido, visa verificar a presença de uma hérnia inguinal bilateral e considerar a necessidade de uma cirurgia.

A decisão foi tomada pelo ministro Alexandre de Moraes, relator do caso, a partir de um pedido da defesa de Bolsonaro, que solicitou a permissão para que o ex-presidente fosse transferido para um hospital para realizar o procedimento cirúrgico.

O ministro destacou que, conforme determinações judiciais anteriores, visitas de médicos já cadastrados não precisam de aviso prévio, desde que respeitadas as normas legais e judiciais estabelecidas.

Com 70 anos, Bolsonaro enfrenta problemas de saúde, incluindo crises esporádicas de soluços, um câncer de pele em estágio inicial e sequelas de cirurgias anteriores na região abdominal, resultado de um atentado ocorrido durante a campanha presidencial de 2018.

Atualmente condenado a 27 anos de prisão, o ex-presidente está detido desde o final de novembro, após tentar remover sua tornozeleira eletrônica com um ferro de solda, conforme decisão do STF. Desde então, sua defesa e familiares têm solicitado publicamente a concessão de prisão domiciliar humanitária devido às suas condições de saúde.