segunda-feira, 22 de dezembro de 2025
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Toffoli autoriza avanço nas investigações do caso Master e resguarda materiais apreendidos

Ministro do STF determina oitivas de dirigentes do Banco Central e mantém documentos em seu gabinete.

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Toffoli autoriza avanço nas investigações do caso Master e resguarda materiais apreendidos
Foto: Divulgação

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O ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu nesta segunda-feira (15) pela continuidade das investigações do caso Master, estabelecendo um prazo de 30 dias para a realização de oitivas com investigados e dirigentes do Banco Central.

Toffoli enfatizou que os dirigentes do BC deverão ser questionados sobre suas atribuições relacionadas ao Banco Master e possíveis ligações com outras instituições financeiras. Em seu despacho, o ministro destacou a urgência de diligências, não apenas para o andamento das investigações, mas também como uma medida de proteção ao Sistema Financeiro Nacional.

Além disso, ele determinou que a custódia dos materiais apreendidos mantenha-se em seu gabinete, argumentando que essa medida é crucial para evitar nulidades e assegurar resultados efetivos.

Na mesma decisão, Toffoli também permitiu que os investigadores solicitem informações de órgãos públicos e empresas relacionadas às denúncias em andamento, além de autorizar quebras de sigilos telefônicos, telemáticos e fiscais de investigados e terceiros.

A investigação contra Daniel Vorcaro e o Banco Master está sob análise de Toffoli desde 3 de dezembro, quando o próprio magistrado decidiu concentrar o caso no STF após pedido da defesa do banqueiro. O pedido foi motivado pela descoberta de documentos que estavam relacionados a um negócio imobiliário envolvendo o deputado João Carlos Bacelar (PL-BA).

Após essa decisão, o juiz da 10ª Vara Federal de Brasília enviou todo o material da investigação ao STF, enquanto a Polícia Federal foi instruída a suspender quaisquer atos investigativos relacionados ao caso, para evitar nulidades futuras, conforme esclarecido pelo diretor-geral da PF, Andrei Rodrigues.

Rodrigues afirmou que as investigações não foram prejudicadas e continuam, apesar da suspensão temporária. Em uma recente decisão, Toffoli também ordenou a retirada de documentos com sigilo das mensagens de celular de Vorcaro da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do INSS, que havia autorizado a quebra de sigilos do banqueiro.

A defesa de Vorcaro solicitou a anulação das quebras de sigilos, mas Toffoli negou o pedido, embora tenha determinado que os materiais coletados sejam enviados à Presidência do Senado para futura deliberação.

O presidente Carlos Viana (Podemos-MG) expressou indignação com a decisão, enquanto Rodrigues reafirmou que a investigação envolve autoridades com foro privilegiado e garantiu a continuidade das apurações.