segunda-feira, 22 de dezembro de 2025
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Venezuela suspende voos da GOL e de outras companhias aéreas em resposta a tensões com os EUA

Medida afeta seis empresas e ocorre em meio a escalada militar na região do Caribe

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Venezuela suspende voos da GOL e de outras companhias aéreas em resposta a tensões com os EUA
Foto: Divulgação

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O governo da Venezuela decidiu cancelar as autorizações de tráfego aéreo de seis companhias internacionais, incluindo a brasileira GOL, além de empresas como TAP (Portugal), Iberia (Espanha), Avianca (Colômbia), Latam (Chile) e Turkish Airlines (Turquia). O anúncio foi feito na noite de quarta-feira, 26, e é motivado por razões políticas, conforme reportado pela imprensa internacional.

Segundo o jornal El País, o regime de Nicolás Maduro acusou essas companhias de se unirem a ações que considera de "terrorismo de Estado" promovidas pelos Estados Unidos, especialmente após o cancelamento unilateral de voos em resposta ao aumento da tensão militar entre Caracas e Washington.

A decisão foi oficializada no Diário Oficial da Venezuela e se deu em um momento em que as companhias já haviam suspendido suas rotas para o país, seguindo um alerta da Administração Federal de Aviação dos EUA sobre o "risco potencial" ao sobrevoar o espaço aéreo venezuelano. As empresas que cancelaram voos incluem TAP, GOL, Avianca, Latam, Turkish Airlines e Caribbean Airlines.

Ainda assim, duas companhias — Air Europa e Plus Ultra — continuam autorizadas a operar, embora tenham reduzido ou suspendido parte de sua malha aérea devido à instabilidade na região.

O consulado de Portugal em Caracas orientou os passageiros com viagens programadas a entrarem em contato com suas companhias ou agências para verificar alternativas. Essa recomendação é especialmente relevante para a comunidade portuguesa e luso-descendente na Venezuela, que conta com cerca de meio milhão de pessoas e frequentemente viaja no final do ano para visitar familiares na Europa e no Brasil.

O cancelamento de voos ocorre no contexto de uma crescente escalada militar dos Estados Unidos na região do Caribe, onde o governo Trump mantém navios de guerra e realizou diversos ataques a embarcações acusadas de transportar drogas, resultando em várias mortes. O governo da Venezuela, por sua vez, alega que os EUA utilizam a luta contra o narcotráfico como um pretexto para promover uma mudança de regime e controlar os recursos petrolíferos do país.